domingo, 6 de novembro de 2011

FUSCA DO ROCK - Ao Vivo



Olá amigos, no ao vivo de hoje dando continuidade nas postagens sobre as principais bandas de rock do Rio Grande so Sul, trazemos a banda de maior sucesso dos pampas gauchos, o Engenheiros do Hawaii do vocalista Humberto Gessinger, grandes sucessos nos anos 80 e 90.













Biografia da Banda

http://whiplash.net/materias/biografias/038524-engenheirosdohawaii.html

Tudo começou em Porto Alegre no ano de 1984. Devido à greve na faculdade de arquitetura, as aulas se estenderiam até janeiro de 85 e diante da situação a faculdade organizou happenings com os estudantes que produzissem arte na escola.

Humberto Gessinger (que na época tocava guitarra) ficou sabendo que Carlos Maltz tocava bateria. Os dois esbarraram em Marcelo Pitz, (baixista), e juntos decidiram participar da bagunça, ainda com a participação de Carlos Stein na guitarra (Nenhum de Nós), que logo deixou a banda.

Engenheiros do Hawaii???!

Na faculdade, os estudantes de arquitetura e engenharia se envolviam em rixas curriculares, filosóficas, estilos de vida opostos... Enfim, o pessoal da arquitetura inventou um apelido pra acabar com os inimigos. "Todo estudante de arquitetura é meio arrogante, acha que os engenheiros estão abaixo. Tinha um pessoal na engenharia que usava aquelas roupas de surfista, e, para irritá-los, nós fazíamos questão de chama-los de "engenheiros" e, mais do que isso, engenheiros do hawaii, que é um paraíso meio kitsch".

Na época, Porto Alegre e o Brasil presenciavam uma explosão de bandas punk, quase sempre com nomes heróicos: Cavaleiros do apocalipse, Virgens Nucleares, Legião Urbana, Titãs, Replicantes, Garotos de Rua etc... O que segundo Humberto também contribuiu para a adoção do nome: "Sempre me assustou essa coisa heróica da música pop, porque te leva a ser meio semideus. Engenheiros do Hawaii era um nome desmistificador, ninguém nos levaria muito a sério. É um nome que até hoje nos protege de nos encararem como sacerdotes".

11 de janeiro de 1985

Essa foi a data do primeiro show, por sinal coincidindo com a abertura do Rock in Rio I. Enquanto no Rio são soltas centenas de pombas da paz os três engenheiros apresentavam com um repertório variado que ia de "Ô Mônica, abrace o elefante...", passava pelo jingle do chocolate Sem Parar, Lady Laura (Roberto Carlos) até a abertura do seriado Hawaii 5.0, além de uma ou duas músicas próprias, todas tocadas em compasso de reggae. "O Marcelo adorava e era a coisa mais fácil de tocar" lembra Humberto.

Saindo da capital

Na semana seguinte tocaram na faculdade de medicina (palco das primeiras vaias), em um bar, em outro, em outro... De bar em bar resolveram viajar pelo interior do Rio Grande. "Chegávamos nas rádios de manhã com uma fita para o cara da rádio, ele tocava e fazíamos o show à noite. Foi quando aprendemos qual é o botão de volume e o do tom da guitarra".

Naquele tempo a BMG resolveu lançar a coletânea Rock Grande do Sul, só com bandas dos pampas. Produziram um festival no Gigantinho para escolher os grupos, os Engenheiros passaram no teste... por pouco!

"Fomos tocar sem esperança, só depois fiquei sabendo que nos incluíram no disco porque outra banda desistiu", conta Humberto.

Longe demais das capitais

Eles entraram no lp com duas canções, e uma delas, Sopa de Letrinhas, estourou no sul. Com o sucesso a BMG decidiu bancar um lp só dos Engenheiros - e nasceu Longe Demais das Capitais, produzido por Miguel Plospschi. O norte musical do disco apontava de leve para o Ska: "Era a única coisa que eu sabia tocar na guitarra. Tinha trios que nos davam o norte, como o Paralamas e o Police. Mas isso era um fino verniz que logo saiu", lembra Humberto.

Puxado por músicas como Toda Forma de Poder, que foi tema de uma novela global (Hipertensão), Crônica, Longe Demais das Capitais e Sopa de Letrinhas, os Engenheiros logo foram ganhando status fora do sul.

Surfando Karmas & DNA

Gravado entre junho e novembro de 2001, sem sair da estrada, o disco Surfando Karmas & DNA foi fruto de atividade intensa, sendo o ano de sua composição e gravação o segundo com maior número de shows na história do Engenheiros. O disco conta com participações mais que especiais, como Carlos Maltz e Renato Borghetti. Surfando Karmas & DNA é classificado por Humberto como sendo da mesma família de Revolta dos Dândis (1987) e Ouça o Que eu Digo: Não Ouça Ninguém (1988).

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