quinta-feira, 15 de julho de 2010

FUSCA DO ROCK - Uma História muito boa / Onze numa Kombi

Olá amigos, hoje vou postar com a autorização dos amigos do Clube do Fusca de Poços de Cauda uma história muito legal remontando um tempo onde viajar em uma kombi era apenas uma aventura para conhecer o mar...
Vamos postar essa história em duas partes!


O nome do texto é "Onze numa Kombi"(1a Parte)

Quem mora no interior, sempre guarda na memória com muito carinho, o momento em que foi, pela primeira vez até o litoral, conhecer o mar. Quem já passou por esta experiência conta, provocando inveja nos que ainda não foram. Este momento demora mais ou menos para cada um.
Eu tive a chance de conhecer o mar, antes de meus pais e minha irmã que por um tempo tinham de ouvir minhas aventuras praianas daquele verão de 1984.
Poucos anos depois só ouvindo minhas historias, meus pais resolveram empreender uma viagem até o litoral e convidaram um casal de tios e suas três filhas para irem também. A prima mais velha tinha um namorado que também foi convidado.
Meu pai tinha uma Kombi 1982 que usava para fazer serviços de topografia. Esta, segunda que possuiu, servia para enfrentar as estradas de terra das fazendas interior e carregar, além de equipamentos os auxiliares. A Kombi já estava para ser vendida para que outra mais nova ocupasse seu lugar, mas antes ela deveria cumprir a missão histórica de levar aqueles dez ansiosos moradores do interior ao mar.
Dez não, que de última hora, mais um passageiro apareceu: Uma vizinha, quando soube que iríamos para a praia insistiu um pouquinho – por assim dizer, para ir junto. A Kombi teria a heróica missão de mostrar o Mar para onze pessoas.
Onze pessoas não levam apenas uma caixa de lenços e uma troca de roupa em uma mochila. Não, a bagagem de cada um incluía desde remédio contra enjôo a colchões, ursinhos de pelúcia, roupas para todas as estações, binóculos, rádios-gravador, algumas “coisinhas” para comer, além de livros e cadernos – como se alguém estudasse nas férias – mapas e uma televisão emprestada por um amigo com a recomendação de “cuide bem dela” quase como quem empresta um membro da família.
Acomodar tudo isso dentro da Kombi seria impossível, então foi adaptado um bagageiro no teto, preso por seis presilhas de alumínio, aparafusadas contra a calha da Kombi. A aventura da viagem começou ainda de madrugada, para escolher a melhor combinação entre o que colocar no bagageiro e o que colocar na parte de dentro. Argumentos lógicos como “O ursinho de pelúcia não pode tomar vento” foram fortemente considerados.
Partimos tarde, em relação ao esperado para uma viagem prevista de 6 horas de Rio Claro até Ilha Comprida, litoral Sul do Estado de São Paulo.
Onze pessoas, sendo a maioria adolescente ansiosos para chegarem à praia, é uma alegria só. Muita piada, muita musica. Tudo era motivo para risadas.
Pouco antes de completar a primeira hora de viagem, algo saiu voando do bagageiro.
- Pai, alguma coisa se soltou do bagageiro!
Paramos no acostamento e conferimos tudo – Que não seja a televisão, pensei. O que havia voado era uma das seis presilhas que prendia a bagagem. Ainda havia cinco presilhas e depois de alguns apertos, retomamos o caminho.
Mais alguns quilômetros e mais um objeto voador não identificado se solta do bagageiro – Que não seja a televisão!
Outra presilha, do extremo oposto. Mais alguns cálculos mentais e mais estrada, agora procurando uma cidade ou posto para fazer uma manutenção. Entramos numa pequena cidade e encontramos um serviço de ferro-velho. O dono do ferro-velho muito falante nos convenceu a fazer uma adaptação que envolvia peças de seu estoque e solda que por conhecidência ele também poderia oferecer.

Continua>>>>>>

Um comentário:

  1. Já estou imaginando a continuação hahahah....

    www.olderbahnvolks.blogspot.com

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